A leitura em ambiente virtual é marcada pela não linearidade
e pluritextualidade ou multissemiose, as quais caracterizam o hipertexto e
tornam a leitura mais dinâmica e envolvente (XAVIER, 2010). No que se refere à não
linearidade da leitura, percebemos que ela não é marca exclusiva da leitura em
ambientes virtuais
[...] haja vista que as notas de rodapé,
índices remissivos, sumários e divisão em capítulos encontrados nos livros
tradicionais também oferecem ao leitor caminhos alternativos a serem trilhados
[...] No entanto, esta é uma forma de recepção
do texto pelo leitor e não uma regra constitutiva de sua confecção como no
hipertexto. A inovação trazida pelo
hipertexto está em transformar a deslinearização, a ausência de um foco
dominante de leitura, em princípio básico de sua construção. (XAVIER apud MARCUSCHI & XAVIER, 2010, p
213)
Essas peculiaridades da leitura em ambiente virtual incitam
novas questões que passam a ganhar visibilidade nos estudos sobre a leitura. O
que fazer diante do oceano de links que
são dispostos na rede? Como navegar nesses links
sem perder o foco da leitura? Onde fica a questão da autoria nessa rede de
ideias conectadas por meios dos links?
